Passado esse momento eu me
percebi de fato.
Me permiti sentir medo, ter dúvidas e aceitei todas as dores, me redimi a incerteza e se um dia eu não estivesse bem, entenderia como mais um dia, e que ele acabaria, como todos os outros.
Me permiti sentir medo, ter dúvidas e aceitei todas as dores, me redimi a incerteza e se um dia eu não estivesse bem, entenderia como mais um dia, e que ele acabaria, como todos os outros.
Não foi e ainda não é um processo
fácil, mas depois de algumas seções de terapia, conversas, duvidas, choros e muitos medos
eu decidi que o primeiro passo a ser dado seria: trabalhar em mim a aceitação, e cheguei nesse momento – Hoje.
Preciso deixar claro que esses textos
não são sobre ficar triste, é sobre como lidar com a tristeza.
Eu ainda estou em um processo de
aceitação e buscando alguns porquês, mas eu entendi que precisava perder a
vergonha e o medo de falar, contudo coloquem aí, muitas noites sem dormir, varias sessões de terapia, diversas duvidas..., até que entendi.
Eu precisava externalizar, isso fazia parte do meu processo de aceitação;
Aceitar não é fácil, arrisco dizer que é uma aceitação diária, uma, duas, cinco vezes ao dia, mas compreendi que tudo bem ser assim, faz parte do processo e que também existem dias leves em que pensar na doença não traz tanta dor.
Aceitar não é fácil, arrisco dizer que é uma aceitação diária, uma, duas, cinco vezes ao dia, mas compreendi que tudo bem ser assim, faz parte do processo e que também existem dias leves em que pensar na doença não traz tanta dor.
Aceitar ser portador de uma
doença autoimune é aprender a viver com a imprevisibilidade, eu que sempre fui
controladora tive apenas que confiar. Demorei para entender que confiando e me
entregando, meus ombros ficariam leves, mas isso é assunto para outro texto.
Fer
---
“Às vezes não
tem outro jeito
O jeito é
seguir
Lembrar que o
que me fere
Também me faz
sorrir
Escrevo em um
bilhete:
Ame tudo que
puder
Seja o que
for
Venha o que
vier”
-Tiago Iorc